Na sociedade do conhecimento, o
professor universitário é mal pago. Pior: em muitos casos, é visto não como um
membro da elite intelectual, mas como mais um trabalhador qualificado. Essa é
uma das conclusões de um estudo comparativo de 28 países publicado este mês pelo
Center for International Higher Education do Boston College. Ele mostra que o
Canadá é o país que melhor paga seus docentes (média de US$ 7,1 mil). O Brasil
ficou numa posição de intermediária para baixa, 18.º lugar, com média de US$ 3,1
mil (veja abaixo).
O estudo usou na maior parte
dos casos dados de universidades públicas. Os valores em dólares foram
calculados com base no poder de compra de uma cesta de bens e
serviços.
“O Brasil se saiu relativamente
bem: ficou abaixo dos países desenvolvidos, mas com destaque no âmbito
regional”, diz o colombiano Ivan Pacheco, assistente de pesquisa do Boston
College. “Tivemos surpresas positivas, como a Índia, onde o governo fez um
esforço grande para melhorar salários. E negativas, como a Armênia: os salários
estão baixos nos países da antiga União Soviética.”
Outra conclusão do estudo é a
de que, com exceção dos países anglo-saxões, benefícios indiretos são tão
importantes quanto salários. Os bônus vão desde incentivos dados pela Índia a
quem faz vasectomia à remuneração por produtividade, usada em larga escala na
China. “A tendência em muitos países é de aumento do gap entre professores
superstars e os que não conseguem nem ter uma vida decente de classe
média.”
Pesquisado no PF Online
Pesquisado no PF Online



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