Seguindo o raciocínio, iremos observar que no “teatro de operações secretas” que se tornou a obscura política brasileira, caracterizam-se dois personagens bem distintos: o malandro, representado pelo político corrupto, e o mané que representa a massa de trabalhadores assalariados do país.
E, chocados, continuamos a observar que no palco político de ridículas performances, os jornais estampam, diariamente, escandalosas manchetes a respeito do “jeitinho malandro-brasileiro” de fazer política, ou seja, a tendência egoísta de previlegiar interesses escusos, onde a imoralidade e a irresponsabilidade no manejo com o dinheiro público chega ás raias do absurdo ou até do inimaginável.
No entanto, se direcionarmos a observação para a Filosofia e para a Arte, verificaremos que a vida é o teatro e o teatro é a vida… e que nesse cenário vital a realidade tem se mostrado transparente até mesmo quando ela parece-nos absurda ou incompreensível, porque por mais prepotentes (ou malandros…) que possamos ser, não temos como esconder da peça teatral de nossa própria vida, aquilo que ela tem de mais autêntico: a verdade!
Nesse sentido, a “lógica do malandro” sucumbe à sua própria verdade e a oportunidade de evolução espiritual termina sendo desperdiçada ou prejudicada pela ação de mecanismos ilusórios oriundos da ignorância de si mesmo, onde o egoísmo, o orgulho, a ganância e a prepotência, entre outros, acabam por manter por tempo indeterminado o indivíduo em baixa sintonia.
O feitiço virará contra o feiticeiro, como registra o dito popular, e o malandro reencarnará na condição de um otário, indivíduo fácil de ser enganado? Não, felizmente a lógica das leis da reencarnação não funciona na lógica da malandragem institucionalizada. Até porque o termo “mané” é uma gíria criada há décadas pela malandragem romântica dos subúrbios do Rio de Janeiro, quando ainda não existia o malandro institucional que vemos hoje.
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