Nesta quarta-feira 26/06, no Mineirão, a Seleção Brasileira teve dificuldades
contra o Uruguai, passou por sustos, mas manteve sua invencibilidade no
torneio e contou com a força de mais de 54 mil torcedores para vencer
por 2 a 1.
A Seleção Brasileira agora fica no aguardo pelo que ocorrerá na tarde de
quinta-feira na Arena Castelão, em Fortaleza, com Itália e Espanha. Mas
já sabe: no domingo, estará em campo no Maracanã para tentar mais um
título da Copa das Confederações.
Vaias estridentes para Diego Forlán. Foi assim que o Mineirão tentou
ajudar Júlio César, aos 15min do primeiro tempo, depois de David Luiz
praticar um golpe de judô sobre Diego Lugano na grande área brasileira.
Enrique Osses, árbitro chileno sobre quem os uruguaios colocaram pressão
na véspera da semifinal, não titubeou. Apontou para a marca do pênalti.
Mas Júlio não estava sozinho: deu um passo para a frente, pulou até o
máximo que conseguiu de seu canto esquerdo e, também de mão esquerda,
botou para escanteio.
Para um Brasil que jamais havia saído em desvantagem na Copa das
Confederações, ter sido vazado por Forlán poderia mexer com o equilíbrio
do time, mas não ocorreu. Mas a Seleção Brasileira não conseguia jogar
contra um Uruguai de marcação eficiente entre as duas intermediárias do
campo. A primeira finalização minimamente perigosa surgiu aos 27min, mas
Hulk colocou longe do travessão.
A essa altura, o torcedor presente ao Mineirão, e atleticano, pedia
Bernard. O grito veio logo depois de Forlán, da entrada da área, colocar
de perna esquerda próximo ao gol defendido por Júlio César. A tônica do
jogo, independentemente dos dois lances, era de marcação. Arévalo Rios
acompanhava Neymar por todas as partes do campo, e tentava intimidar de
alguma forma. Irritar. Mas quem perdeu a linha foi Luiz Gustavo: uma
pancada do volante em Cristián Rodríguez, no meio-campo, levou tensão às
equipes.
Mas a Seleção Brasileira ficou leve, aliviada, aos 41min. Paulinho
recebeu a bola no meio e Neymar disparou no espaço entre Maxi Pereira e
Lugano: o volante ainda corintiano esticou lançamento, Neymar dominou
com tremenda precisão e tocou para defesa de Muslera. Mas também para
Fred, que tinha o campo de ação limitado, mas seu faro de gol
apuradíssimo para vencer Godín e explodir de alegria o Mineirão.
Herói da semi, Paulinho coloca Brasil na final
Um banho de água fria, decepção para a torcida brasileira que ainda
celebrava a vantagem no placar quando o segundo tempo começou. Já aos
3min, Luis Suárez persistiu na grande área, David Luiz hesitou ao tentar
afastar a bola sem a força devida e Thiago Silva, disciplicente,
entregou nos pés de Cavani. O matador uruguaio mandou de perna esquerda
no cantinho de Júlio César. Ele se esticou como no pênalti, mas não
chegou.
A Seleção Brasileira não se abalou de forma profunda pelo gol sofrido,
mas também continuou sem encontrar seu jogo. Hulk, muito mal, ainda
tentou em boa cobrança de falta, mas Muslera pegou. Dois escanteios
seguidos, um deles concluído com perigo por Suárez, evidenciaram a
dificuldade do time de Luiz Felipe Scolari.
O treinador, então, arriscou um certo golpe de sorte e apostou na
idolatria dos atleticanos, e mineiros, por Bernard. A solução natural
seria recorrer a Lucas, mas Felipão se saiu bem. O Brasil equilibrou e
teve boas chegadas com Fred, Neymar e Luiz Gustavo, todas com a
participação de Bernard.
O Uruguai assustou, novamente com Cavani, em boa finalização, mas o jogo
parecia morno nos minutos finais. Prevalecia, nas duas equipes, a
cautela para evitar um gol inesperado. Mas os uruguaios não esperavam
Paulinho. Aos 40min, Neymar cobrou escanteio da esquerda e o volante,
camisa 18, saltou livre na pequena área para vencer Muslera. Para
colocar o Brasil na final da Copa das Confederações.
Fonte: JB Online.
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