Uma
norma nacional considera inapto à doação qualquer homem que tenha se
relacionado sexualmente com outro homem no período de 12 meses. O mesmo vale
para heterossexuais que, no mesmo período, se relacionaram sexualmente com
várias parceiras. Entidades de defesa dos direitos dos homossexuais reclamam da
restrição e querem reacender o debate sobre o tema.
A
regra do Ministério da Saúde, que vigora há mais de sete anos e vale para todos
os hemocentros, foi baseada em estudos internacionais que apontam que o risco
de contágio pelo vírus da AIDS (HIV) é 18 vezes maior nas relações entre
homossexuais masculinos, na comparação com relações entre pessoas heterossexuais.
O motivo é a prática do sexo anal, que aumenta o risco de contaminação por
doenças sexualmente transmissíveis (DST).
Em
junho de 2011, o ministério baixou uma portaria que proíbe os hemocentros de
usar a orientação sexual (heterossexualidade, bissexualidade, homossexualidade)
como critério para seleção de doadores de sangue. “Não deverá haver, no
processo de triagem e coleta de sangue, manifestação de preconceito e
discriminação por orientação sexual e identidade de gênero, hábitos de vida, atividade
profissional, condição socioeconômica, raça, cor e etnia”. Mas, na prática, os
homossexuais masculinos ativos sexualmente seguem impedidos de doar sangue.
Para as lésbicas, não há restrições.
Pesquisado no Blog Tabuleiro Grande RN
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