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Dez Perguntas sobre a "DENGUE"

Sesap registra mais de 26 mil casos da dengue no RN; Pau dos Ferros está entre as 10
A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) divulgou, nesta sexta-feira (18), mais um boletim epidemiológico com os números da dengue no Rio Grande do Norte.

De acordo com o Programa Estadual de Combate a Dengue, foram notificados no RN – até o último dia 05 de novembro – 26.104 casos de dengue, sendo 11.722 confirmados.

Os dez municípios que apresentam incidência alta da doença e o maior número de casos notificados são: Natal (8.833 casos), Mossoró (2.405), Parnamirim (1.716), Santa Cruz (1.052), São Gonçalo do Amarante (680), João Câmara (644), Macaíba (536), Nova Cruz (440), Pau dos Ferros (406) e São Paulo do Potengi (385).

1. O que é dengue?
É uma doença infecciosa provocada por um vírus transmitido ao homem pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a dengue já é endêmica em mais de 100 países da África, Américas e Ásia. O órgão estima que entre 50 e 100 milhões de pessoas sejam infectadas a cada ano no mundo todo. O vírus é subdivido nos tipos 1, 2, 3 e 4, sendo que a presença do último ainda não foi registrada no Brasil. O mais virulento, aquele que se multiplica mais depressa no organismo, é o do tipo 3. O tipo 1 é o mais explosivo, causa grandes epidemias em pouco tempo. Todos eles podem provocar o desenvolvimento da dengue tradicional e também a hemorrágica, que pode ser fatal. Acredita-se que a dengue tenha chegado ao Brasil no século XVIII, com as embarcações que transportavam os escravos trazidos da África.
2. Como a doença é transmitida?
Além do Aedes aegypti, o mosquito Aedes albopicutus também pode espalhar o vírus, o que é pouco comum, já que ele não freqüenta ambientes domésticos como o aegypti. A doença é transmitida apenas pela fêmea do mosquito, que se alimenta de sangue para amadurecer seus ovos. A partir do momento em que pica um humano infectado, ela adquire o vírus e se torna uma fonte de contaminação permanente, transmitindo a todos que picar durante a vida - que dura cerca de 30 dias. Não existe transmissão pelo contato direto entre pessoas, por secreções, fontes de água ou alimentos. Casos de transmissão congênita são extremamente raros.

3. Como identificar o mosquito transmissor?
O Aedes aegypti é semelhante a um pernilongo comum. As características que o diferenciam são o corpo escuro - cor café ou preto - rajado de listras brancas. É encontrado principalmente dentro das casas, debaixo de mesas, cadeiras e armários.
4. Quais são os sintomas da doença? 
Os principais sintomas são febre alta, geralmente com início súbito, dores musculares e nas articulações, dores de cabeça e também na região dos olhos, garganta e barriga. Fraqueza, náuseas, vômito, diarréia e vermelhidão na pele também são freqüentes. A presença e a intensidade dos sintomas variam de acordo com idade da pessoa infectada, sendo que podem ser mais amenos nas crianças - assim mesmo, eles podem se agravar com o tempo. Condições específicas, como a existência de um quadro anterior da doença, hipertensão arterial, diabetes, asma e outras doenças respiratórias crônicas, além de idade avançada, favorecem a evolução do quadro. Por outro lado, nem todas as pessoas infectadas irão apresentam os sinais. Em outros casos, eles se assemelham aos de uma gripe comum. Veja quadro.

5. Como os médicos identificam
e tratam a doença?
Os médicos utilizam três exames. O primeiro, conhecido como "prova do laço", é simples e pode ser feito em consultório. Com uma caneta, o médico desenha um quadrado de 2,5 centímetros no braço do paciente. Depois de prender sua circulação, verifica quantos pontos vermelhos aparecem dentro deste quadrado - a concentração indicará a eventual presença da doença. Os outros dois exames, uma sorologia e um hemograma, são feitos em laboratório a partir de uma amostra de sangue. Não há medicação específica para a dengue. O tratamento prevê repouso, hidratação oral ou venosa, medicação contra os sintomas, manutenção da circulação sangüínea e observação, para avaliar a regressão do quadro. Enquanto isso, o próprio sistema imunológico é encarregado de destruir o vírus, como em toda a virose.

6. Por que o diagnóstico correto
demora em alguns casos?
Existe a possibilidade de os médicos confundirem os sintomas com os de uma virose normal, já que eles não são padronizados e variam em cada organismo. Como os sinais podem se apresentar mais amenos nas crianças, é maior a possibilidade de que, justamente nelas, a dengue passe despercebida em uma consulta, disfarçada de gripe comum. Por isso, é importante exigir que, a qualquer suspeita de dengue, os exames sejam realizados.

7. Que remédios devem ser evitadosem caso de suspeita de dengue?
Os medicamentos que contenham ácido acetilsalicílico, como AAS, Aspirina e Melhoral. O composto tem efeito anticoagulante, ou seja, diminui a ação das plaquetas, que têm a função de bloquear hemorragias. Combinado a um quadro de dengue, aumenta o risco de sangramentos. 

8. Quem já contraiu a doença uma
vez torna-se imune?
Até hoje, foram identificados quatro tipos de vírus da dengue, e as pessoas tornam-se imunes apenas ao sorotipo já contraído. Ou seja, quem já foi contaminado pelo tipo 1, só pode pegar os tipos 2, 3 e 4 (vale lembrar que este último ainda não foi encontrado no Brasil). Nem sempre é possível saber se alguém é imune a algum dos tipos, já que a dengue pode se apresentar como uma infecção subclínica, ou seja, sem sintomas. Pesquisas mostram ainda que infecções subseqüentes aumentam o risco de desenvolver um quadro severo da doença, principalmente a dengue hemorrágica.

9. O que é dengue hemorrágica?
A dengue hemorrágica se manifesta por uma piora repentina no estado geral do paciente, com aparição e retorno da febre em níveis altos. Assim que a febre regride, o quadro piora, com cólicas abdominais e hemorragias, que podem variar desde manchas avermelhadas na pele até sangramentos na gengiva e presença de sangue no vômito. Os casos mais graves levam o paciente a um quadro de falência circulatória e perda súbita de temperatura, seguido por estado de choque e, então, morte. Segundo a Organização Mundial da Saúde, os primeiros casos de febre hemorrágica foram registrados em 1950, durante epidemias de dengue na Tailândia e nas Filipinas, sendo que depois a complicação se espalhou por vários continentes. O diagnóstico precoce e o acompanhamento são essenciais para garantir a sobrevivência. Veja quadro.

10. Qual o tratamento para a dengue hemorrágica?
Se a suspeita de dengue clássica pede um diagnóstico rápido, sinais de dengue hemorrágica exigem tratamento imediato. O fato da febre passar não significa que o paciente está curado. A observação deve ser cuidadosa, e a reidratação pode ser feita em nível ambulatorial, por via venosa. Segundo a Organização Mundial da Saúde, sem tratamento apropriado, a taxa de mortalidade por dengue hemorrágica pode atingir 20%. Com tratamento adequado e intensivo, este índice pode baixar a 1% - recomendado pela OMS. Após obter alta, o paciente deve continuar a ingerir muito líquido (de preferência água e sucos naturais, evitando bebidas industrializadas) e o repouso deve ser estendido por mais uma semana.


-Afinal, por que a dengue mata?
Existe mais de uma forma de responder a esta pergunta - e nem todas são clínicas. Podem morrer de dengue pessoas que não encontram tratamento em hospitais superlotados, recebem um diagnóstico errado ou não fazem idéia de que a doença pode ser fatal, deixando de procurar auxílio médico. Também existe uma resposta médica. O quadro de distúrbios no sistema circulatório que a dengue hemorrágica desencadeia pode levar o paciente a morte entre 12 a 24 horas. A causa não são as hemorragias, mas sim o quadro de choque instalado pela queda da pressão arterial e a falência circulatória.
Fonte: http://veja.abril.com.br/ 
Obs: A Entrevista foi pesquisado no Site Veja / Foto Gloogle
Portal CCNS

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