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O ano 2012 é um ano bissexto



Esta quarta-feira, 29 de Fevereiro de 2012 é o quarto dia bissexto desde o início do século XXI.


O calendário, desde a época do antigo Egipto, descreve o ano em função do tempo que a Terra leva a realizar a sua órbita completa à volta do Sol. Como uma forma de arredondamento foi estabelecido que o ano dura 365 dias, mas na realidade a órbita completa demora 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos. Mais uma vez se arredondou para os 365 dias e 6 horas. É por esta razão que a cada quatro anos se soma por convenção mais 24 horas, isto é mais um dia. Desta forma, os equinócios, os dias em que a noite tem a mesma duração do dia e os pólos terrestres estão à mesma distância do Sol, são sempre na mesma data do calendário.
Júlio César foi o primeiro a introduzir um dia extra a cada quatro anos, a 29 de Fevereiro. Em 1582 o calendário juliano foi substituído pelo calendário gregoriano (o actual no Ocidente). “Tal como está agora organizado o calendário, o ano civil dura 365,2425 dias, em média, dando uma diferença de alguns segundos com o ano trópico de 365,242198 dias. Esta diferença vai-se acumulando e produzindo um pequeno desfasamento entre o ano civil e o ano astronómico, mas demorará milhares de anos para que se origine um desajuste significativo”, explica Rafael Bachiller, director do Observatório Astronómico Nacional. Isso obrigará a ajustar de novo o calendário a cada 3.000 anos.
Por algum motivo relacionado com superstições atávicas, os anos bissextos dão má sorte. “Não há evidências objectivas de que ocorram mais catástrofes em anos bissextos,  mas se em 2012 ocorrer algum desastre, como um tsunami, a erupção de um vulcão ou um terramoto mortal confirmaria as suspeitas de quem tem a crença de que estes anos são sinistros”, diz Manuel Mandianes, antropólogo do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC).
Os sociólogos e os antropólogos asseguram que superstições se convertem em crenças porque as pessoas necessitam de uma explicação para os fenómenos raros, como é o 29 de Fevereiro. “E as crenças têm uma grande importância porque odifcam mais o comportamento humano do que as evidências. Contra a crença não há raciocínieo possível”, diz Mandianes.

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