O ministro indiano da Saúde, Ghulam Nabi Azad, afirmou nesta terça-feira que foi mal interpretado quando disse que considera a homossexualidade uma doença e que a Aids teria sido levada para a Índia por estrangeiros.
Alvo de uma série de críticas, Azad falou em uma entrevista coletiva que foi "totalmente mal interpretado".
"Eu sei, como ministro da Saúde, que homens fazendo sexo com homens não é uma doença", esclareceu.
Na véspera, Azad provocou uma grande polêmica no país após assegurar em uma conferência sobre a Aids que a homossexualidade é "antinatural e não é boa para a Índia".
Até 2009, a homossexualidade podia ser punida com até dez anos de prisão no país. Apesar da lei ter sido extinta, o preconceito está arraigado em grande parte da sociedade.
ONU
Nesta terça-feira, a Unaids, o órgão da ONU de combate à Aids, enfatizou que a homossexualidade não é uma doença e que não há mais espaço para discriminação por orientação sexual.
"A rica tradição da Índia de inclusão e justiça social precisa incluir homens que fazem sexo com homens e transsexuais", disse Michel Sidibe, diretor-executivo da Unaids, em comunicado.
"Consistente com a classificação de doenças da OMS [Organização Mundial de Saúde], a Unaids não considera a homossexualidade uma doença", completou.
Fonte: AGÊNCIA DE NOTÍCIAS
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