Na
primeira fase, o chamado E-Bus se deslocará sem passageiros. Porém,
entre janeiro e junho próximos, começará a levar usuários no percurso.
Sua capacidade máxima é de cerca de 150 pessoas.
"Dentro
de 1 ano, queremos começar a substituir a frota a diesel e os trólebus
pelos elétricos a bateria", disse Jurandir Fernandes, secretário de
transportes metropolitanos do estado de São Paulo.
Segundo
ele, a ideia é começar com cerca de 30 ônibus elétricos no corredor até
o final de 2014. O próximo passo deve ser a implementarão dos veículos
no corredor Jacu-Pêssego. Não foram divulgados valores do projeto.
Como funciona
Além
de não emitir gases poluentes, uma vantagem em relação aos ônibus a
diesel, o E-Bus não necessita estar conectado a cabos elétricos para a
rodagem, como ocorre com os trólebus. "O problema dos trolébus é que a
fiação gera manutenção alta, esse novo sistema traz mais agilidade",
explicou o secretário Jurandir Fernandes.
"No
projeto, utilizamos a mesma base dos trólebus [ônibus que recebem
energia por meio de cabos elétricos], mas trocamos o sistema conexão aos
cabos pelas baterias", explicou Paulino Hiratsuka, engenheiro da Metra.
O
E-Bus possui autonomia para rodar 200 km com a carga da bateria. De
acordo com a Eletra, empresa responsável pela interface de conexão entre
o chassi e o sistema elétrico, é o 1º ônibus elétrico a bateria com 18
metros de comprimento no mundo.
Para
serem recarregadas totalmente, as 14 baterias, que ficam no teto,
necessitam de 3 horas, mas o veículo também possui sistema para recargas
rápidas, que levam 5 minutos, dando mais 11 km de autonomia. Há um
posto de recarga longa, de 3 horas, na sede da Metra, que administra o
Sistema Metropolitano de Transportes, em São Bernardo, e outro, de
recarga rápida, em Diadema.
O
ônibus é fruto de uma parceria entre Eletra, Mitsubishi Heavy
Industries e Mitsubishi Corporation. O chassi é produzido pela
Mercedes-Benz, em São Bernardo, enquanto o sistema de baterias foi
desenvolvido pela Mitsubishi.
Nesta
fase de testes, as baterias, assim como os postos de recarga, vieram do
Japão, mas o projeto já prevê a nacionalização destes componentes.
De
acordo com Hiratsuka, as baterias de íon-lítio tem vida útil de 10
anos. As empresas não divulgaram o custo do veículo nem o de sua
manutenção.
Teste em Salvador
A
cidade de Salvador também iniciará testes com um ônibus elétrico no
próximo dia 27. O veículo é importado da China pela empresa BYD. Segundo
a secretaria estadual de Cidade Sustentável, ele vai circular por duas
semanas em uma linha que passa por quase toda a orla da capital baiana e
será identificado, para que os passageiros saibam que se trata de um
elétrico.
Híbridos em Curitiba
Em
2012, a cidade de Curitiba começou a utilizar ônibus híbridos feitos no
Brasil. Movidos a eletricidade e biodiesel, os veículos são produzidos
pela Volvo e reduzem em 90% a emissão de poluentes, na comparação com os
ônibus convencionais.
Chamado
de Hibribus, é mais silencioso, não emite ruídos em cerca de 30% do
tempo de operação. O modelo é fabricado na unidade da montadora Volvo em
Curitiba, a primeira a produzir o Hibribus fora da Suécia, sede mundial
da marca. Os ônibus híbridos começaram a ser fabricados no país em
junho de 2012.
FONTE: G1 SP
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