Caicó
é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Norte localizado na
Microrregião do Seridó Ocidental, na Mesorregião Central Potiguar.
Uma
das mais importantes cidades do interior do Rio Grande do Norte, Caicó é
conhecida especialmente como centro pecuarista e algodoeiro.
O
município de Caicó localiza-se na periferia da serra da Borborema. Com clima
semi-árido, e a temperatura média ultrapassa os 30 graus Celsius.
História
O
povoado que deu origem ao município surgiu no começo do século XVIII, depois de
expulsos os índios Caicós que habitavam as redondezas da confluência do rio
Barra Nova com o Seridó. Chamada alternativamente de Caicó e Seridó, a povoação
já era sede de distrito administrativo em 1748. A criação do município, que
passou a se denominar Vila Nova do Príncipe, ocorreu em 1788. Em 1868 sua sede
tornou-se cidade e por decretos estaduais de 1890 teve o nome trocado primeiro para
Seridó e posteriormente para Caicó.
Economia
A
mais importante atividade econômica foi o beneficiamento do algodão.
Atualmente, o meio rural sobrevive da agricultura familiar e da produção de
leite, carne-de-sol e do queijo. A cidade destaca-se por ser um dos maiores
pólos de produção de bonés e bordados do Brasil.
O
município vem sofrendo, nas últimas duas décadas, um processo de atrofiamento
econômico.
Meios
de comunicação
A
cidade não possui canais locais. Para quem não possui antena parabólica, existe
o sistema de repetidora de sinal, onde os canais são retransmitidos da capital
do estado com péssima qualidade de som e imagem. Os canais oferecidos neste
sistema são: Globo, SBT, Record, TV União e Rede Vida. Há alguns anos, o
governo federal autorizou uma concessão de TV a cabo para a cidade, mas não
apareceram empresários interessados em investir no setor.
A
cidade conta com um serviço de telefonia celular considerado tecnicamente
questionável. São utilizadas antenas de grandes proporções, instaladas em pleno
centro da cidade, cobrindo quase toda área rural do município, que é
consideravelmente extensa.
O
rádio ainda é o meio de informação mais utilizado pelos caicoenses. A maioria
da população não possui condições financeiras para adquirir jornais e revistas
ou acessar a Internet. A cidade possui seis emissoras: 88,3FM; 95,9FM; 106,3FM;
830AM; 1100AM e 1290AM. Todas as rádios pertencem a grupos políticos ou
religiosos.
O
acesso a Internet é possível através de conexão por linha discada, banda larga
(Oi Velox) e wireless (radiofreqüência de 100kHz).
Caicó
através dos tempos
Várias
lendas tentam explicar a história da origem da cidade de Caicó. Assim sendo,
não é fácil conhecer a verdadeira história. Porém, todas envolvem um vaqueiro,
uma promessa e o que é de mais importante: a construção da capela que marcou a
fundação da cidade, em 1725. Também é interessante atentar para dois detalhes
fundamentais.
Primeiro
que na época já existia a fazenda pertencente a Manoel de Souza Fortes, o
fundador da cidade, através da construção da capela. Além da casa da fazenda,
existia também a casa dos escravos. Em segundo lugar, a Matriz de Santana de
hoje não é a primeira capela, pois a matriz atual foi iniciada em 1748 pelo
vigário Francisco Alves Maia.
Há quem diga, e com certa lógica, que a primeira capela foi construída onde atualmente se encontra a Igreja do Rosário, iniciada em 1725 e reformada em 1864 por Luiz Chermont. Essa tese é bastante defendida pelo monsenhor Eymard Monteiro, autor do livro Caicó, editado em 1945. Neste livro, cita a tradição da época de que, sempre que uma igreja era construída, a capela anterior passava para a proteção de Nossa Senhora do Rosário. Aqui no sertão temos outro exemplo; a antiga igreja de Nossa Senhora da Guia de Acari, substituída pela atual matriz, em 1863. Depoimentos de pessoas antigas afirmam que Manoel de Souza Fortes, anos mais tarde, voltara para Goiana, Pernambuco, deixando várias léguas de terras para Nossa Senhora Santana e sua fazenda sobre a responsabilidade do seu primo, um português solteirão que tinha o sobrenome de Gama. Este deu início ao povoamento e ao falecer, deixou seus bens como herança para Santana.
Há quem diga, e com certa lógica, que a primeira capela foi construída onde atualmente se encontra a Igreja do Rosário, iniciada em 1725 e reformada em 1864 por Luiz Chermont. Essa tese é bastante defendida pelo monsenhor Eymard Monteiro, autor do livro Caicó, editado em 1945. Neste livro, cita a tradição da época de que, sempre que uma igreja era construída, a capela anterior passava para a proteção de Nossa Senhora do Rosário. Aqui no sertão temos outro exemplo; a antiga igreja de Nossa Senhora da Guia de Acari, substituída pela atual matriz, em 1863. Depoimentos de pessoas antigas afirmam que Manoel de Souza Fortes, anos mais tarde, voltara para Goiana, Pernambuco, deixando várias léguas de terras para Nossa Senhora Santana e sua fazenda sobre a responsabilidade do seu primo, um português solteirão que tinha o sobrenome de Gama. Este deu início ao povoamento e ao falecer, deixou seus bens como herança para Santana.
O
povoado crescia gradativamente, razão pela qual não tinha sentido continuar
sendo chamado Sítio Caicó ou Ribeira do Seridó, conforme o antigo documento com
data de 7 de setembro de 1736, em que fala de uma sesmaria de três léguas dadas
ao capitão Inácio Gomes da Câmara. O nome Caicó foi devido aos primeiros
habitantes, os índios Cariris do grupo Caiacós. Então, no dia 31 de julho de
1788, foi instalado o município com o nome de Vila Nova do Príncipe, pelo
ouvidor da Paraíba Antônio Felipe Soares de Andrade Bredorodes, numa homenagem
ao príncipe, futuro Dom João VI. No dia 15 de dezembro de 1868, pela Lei nº 12
de 1º de fevereiro de 1870, mudaria o nome da cidade para Seridó. Recebeu o
nome atual definitivamente no dia 7 de julho de 1890, pelo decreto nº 33. Assim
mesmo, em 1931 surgiu no Rio de Janeiro um movimento em defesa da mudança do
nome de Caicó para Amaro Cavalcante, por parte de alguns norte-rio-grandenses
que lá residiam. E só não se concretizou o intento graças a um movimento de
protesto do povo de Caicó, encabeçado pelo tabelião Esperidião Eloy de
Medeiros, tio do senador Dinarte Mariz, que enviou no dia 7 de janeiro de 1932
ao Centro de Notícias Norte-rio-grandense, no Rio, um abaixo-assinado com 70
assinaturas de pessoas idôneas da cidade.
A
História Religiosa
Eclesiasticamente,
Caicó era ligada à paróquia de Nossa Senhora do Bonsucesso, de Piancó, na
Paraíba. Seu desligamento deu-se no dia 15 de abril de 1748, pelo visitador
Manoel Machado Freire, em documento assinado por Dom Frei de Luiz de Santa
Tereza, bispo de Olinda. Mais tarde, Caicó passaria a pertencer à Diocese da
Paraíba. No dia 19 de outubro de 1910, foi criada a Diocese de Natal, pelo Papa
Pio X, passando Caicó a pertencer à Província do Rio Grande do Norte, tendo
como bispo Dom Joaquim Antonio de Almeida.
No
dia 21 de setembro de 1929, o saudoso bispo Dom Marcolino Dantas se dirigia a
Caicó na companhia do governador Juvenal Lamartine. No dia seguinte, os
visitantes foram homenageados com um banquete e nesta oportunidade o bispo fez
um discurso, o qual manifestou desejo de criar uma diocese no Seridó. Porém,
isso só ocorreu 10 anos depois, no dia 25 de novembro de 1939. Ao saudoso
Monsenhor Walfredo Gurgel, vigário da matriz, coube a honra de anunciar os
fiéis, no dia 8 de março de 1940.
No
dia 26 de junho de 1941, Caicó tinha o seu primeiro bispo, na pessoa de Dom
José de Medeiros Delgado, natural de Pombal, na Paraíba. Em 1951, tomava posse
o segundo bispo, Dom Adelino Dantas, natural de São Vicente. Em 1959, Dom
Manoel Tavares é nomeado o terceiro bispo. Dom Heitor de Araújo Sales foi o
quarto e o quinto Dom Jaime Vieira Rocha, natural de Tangará, que assumiu em 4
de fevereiro de 1996. Atualmente, o cargo de bispo diocesano se encontra vago.
A
criação do município
Juridicamente,
Caicó pertenceu à Paraíba até 1818, posteriormente a Assú, onde ficou até 1858.
No dia 19 de junho deste mesmo ano, foi criada a comarca do Seridó, abrangendo
os mais antigos municípios: Caicó e Acari. A partir daí Caicó passou a contar
com o seu primeiro magistrado, o juiz Valentino Dantas Pinagé.
O
marco da Educação
Para
a Educação, o município sempre ocupou uma posição de destaque. O padre
Francisco de Brito Guerra, senador do Império, no ano de 1832 construiu a
Escola de Latim, em cujas bancas sentaram-se seridoenses famosos, como os
irmãos Amaro Cavalcante e padre João Maria. Teve também professores famosos,
como Joaquim Apolinar Pereira de Brito, seu sobrinho, e Manoel Augusto Bezerra
de Araújo, pai de José Augusto. No dia 16 de fevereiro de 1909, foi criada a
Escola Senador Guerra pelo então governador Alberto Frederico de Albuquerque
Maranhão, passando a funcionar no dia 25 de março do mesmo ano, tendo como
diretor interino José Augusto e posteriormente o professor Pedro Gurgel, pai do
Monsenhor Walfredo. As primeiras professoras foram Felomena Dantas e Alzira
Monteiro. Entretanto, o percussor em termos de ensino primário foi Antônio
Mateus Viana, que lecionou de 1836 a 1844. A antiga Escola Senador Guerra
funcionou no prédio da antiga Prefeitura Municipal, construída em 1888-1889. O
atual prédio do Senador Guerra foi inaugurado no dia 22 de setembro de 1925, no
governo de José Augusto. No dia 11 de outubro de 1925, Dom José Pereira Alves,
bispo de Nata, fundava o Educandário Santa Terezinha. Em 1942, Dom José Delgado
fundou o Ginásio Diocesano Seridoense, hoje CDS. O maior estabelecimento de
ensino, o Centro Educacional José Augusto – CEJA, foi inaugurado em 1960 no
Governo Dinarte Mariz.
Maior município do Seridó, a sua povoação
começou na fazenda Penedo, em 1735 foi elevada as condições de Vila Nova do
Príncipe. Em 1868 foi alcançada a categoria de cidade, recebendo os nomes
Cidade do Príncipe, Cidade do Seridó e finalmente Caicó.
Em
Caicó, rios, pedras, grutas e serras, como a Serra de São Bernardo, a serra da
Formiga, a serra da Caridade e a Pedra da Baleira são cenários perfeitos para o
rapel, escaladas, rali de motos, mountain bike, acampamentos, trilhas e
trekking. Na cultura caicoense, destaca-se a Irmandade dos Negros do Rosário,
criada em 1771, que até hoje comemora seus rituais com uma coreografia toda
própria, utilizando lanças e danças tribais ao som de tambores seculares.
Destaque
também para o artesanato, a festa de Sant´ana e o carnaval. Caicó carrega o
titulo de “terra dos bordados”, se sobressaindo internacionalmente pela
qualidade de seus bordados. Depois de correr, passear e se extasiar com tanta
beleza, é hora de provar a extraordinária carne-de-sol e os queijos de manteiga
e coalho, além dos deliciosos doces e biscoitos caseiros.
Portal CCNS Comunicação Com Nossa Sociedade
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