No Rio Grande do Norte está uma das melhores rendas salariais da região Nordeste, mas também é no Estado potiguar que está uma das maiores desigualdades de renda.
Os trabalhadores da zona rural recebem praticamente menos do dobro da população da zona urbana.
Pelos dados preliminares do Censo 2010, divulgado nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o rendimento mensal dos domicílios potiguares é de R$ 1.678,00 por mês, enquanto uma família do Estado vizinho do Ceará recebe cerca de R$ 1.417,00.
Os trabalhadores da zona rural recebem praticamente menos do dobro da população da zona urbana.
Pelos dados preliminares do Censo 2010, divulgado nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o rendimento mensal dos domicílios potiguares é de R$ 1.678,00 por mês, enquanto uma família do Estado vizinho do Ceará recebe cerca de R$ 1.417,00.
Por esses dois indicadores se dimensiona a assimetria social do Estado, evidenciando a concentração de riqueza. Houve uma queda na avaliação do Gini, indicador que mede a distribuição de renda, que era de 0,597 para 0,531 nos últimos dez anos no Rio Grande do Norte. O Estado perdeu nove posições, afastando-se de Santa Catarina, Estado com melhor distribuição de renda do país.
De acordo com a avaliação do coordenador do IBGE no RN, Aldemir Freire, o resultado é um diagnóstico de como alguns outros Estados avançaram mais que o RN. No Ceará, por exemplo, o índice elevou o Estado para dez posições superiores à da última década.
Em geral, os números são um retrato da realidade brasileira apontada pelo Censo.
Segundo os indicadores, mesmo com tímidos avanços nos números, o Brasil ainda continua um país desigual. Os brasileiros mais ricos têm renda 39 vezes maior que os mais pobres.
Os melhores percentuais para o desenvolvimento do Estado apontam melhorias no que diz respeito às moradias. Pouco mais de 40% das residências já dispõem de saneamento básico adequado, motivo para comemorar, uma vez que esse percentual era de 36%. Ainda assim, o leque de saneamento é menor que do Brasil. O indicador saltou de 56,5% para 61,8%, aumentando em 5,3 pontos percentuais.
São consideradas condições adequadas de saneamento o fornecimento de água por rede geral, o esgotamento sanitário por rede geral ou fossa séptica e o lixo coletado direta ou indiretamente.
Pelo mapeamento realizado pelo IBGE, o perfil do cidadão potiguar é composto de pardos (que, pela primeira vez, superou o número de pessoas que se declaravam brancas) com renda média de R$ 543,00. Na grande maioria formada pela faixa etária dos 31,5 anos, mora em casa própria montada com os principais aparelhos eletroeletrônicos e ainda tem computador e acessa à Internet.
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