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As "Meninas das Covinhas" - Uma história de fé e devoção


Bento Honório foi o fazendeiro que encontrou em sua fazenda as covas.

"Covinhas - Uma História de Fé"

RO­DOL­FO FER­NAN­DES - A tra­je­tó­ria de fé do po­vo nor­des­ti­no é re­ple­ta de his­tó­rias de mi­la­gres atri­buí­dos a pes­soas que so­fre­ram mui­to ou que de­di­ca­ram suas vi­das a fa­zer o bem. São pa­dres, crian­ças, mu­lhe­res e he­róis co­ti­dia­nos san­ti­fi­ca­dos pe­lo po­vo, mes­mo que não se­jam ain­da acei­tos pe­la Igre­ja Ca­tó­li­ca. Uma des­sas his­tó­rias é a das Me­ni­nas das Co­vi­nhas, em Ro­dol­fo Fer­nan­des, no al­to oes­te po­ti­guar. As crian­ças re­ti­ran­tes que mor­re­ram de fo­me e se­de na se­ca de 1877 são ho­je al­vo de de­vo­ção de mui­tos ro­mei­ros da re­gião, que fa­zem suas pre­ces e de­po­si­tam seus ex-votos na ca­pe­la er­gui­da por um ilus­tre de­vo­to em ho­me­na­gem às me­ni­nas san­tas.

As me­ni­nas eram fi­lhas pe­que­nas de um re­ti­ran­te que veio do Cea­rá em bus­ca de um lu­gar me­lhor pa­ra a fa­mí­lia. De­ses­pe­ra­do com a fo­me e a se­de das fi­lhas, deixou-as de­bai­xo de uma ár­vo­re pa­ra ir so­zi­nho pro­cu­rar ali­men­to. Quan­do vol­tou, uma das me­ni­nas es­ta­va mor­ta e a ou­tra mor­ria ali, nos bra­ços do pai. Re­za a len­da que elas fo­ram en­ter­ra­das on­de ho­je é a pro­prie­da­de de Rai­mun­do Ho­nó­rio Ca­val­can­te Oli­vei­ra, co­nhe­ci­do co­mo Ben­to Ho­nó­rio. Foi es­te fa­zen­dei­ro e co­mer­cian­te que en­con­trou em sua fa­zen­da as co­vas nas quais as me­ni­nas fo­ram en­ter­ra­das, daí de­ri­va o no­me Me­ni­nas das Co­vi­nhas.

A his­tó­ria das Me­ni­nas das Co­vi­nhas se con­fun­de com a de Ben­to Ho­nó­rio. Foi ele o res­pon­sá­vel pe­la dis­se­mi­na­ção da fé nas me­ni­nas. Se­gun­do con­ta, seu Ben­to te­ve uma doen­ça gra­ve e sem ex­pli­ca­ção mé­di­ca. Ao lem­brar da his­tó­ria das me­ni­nas san­tas con­ta­da por sua avó, de­ci­diu se va­ler nas me­ni­nas pa­ra ser cu­ra­do. Ao ter sua gra­ça aten­di­da, ele pa­ga a pro­mes­sa de cons­truir uma igre­ja pa­ra elas. Até ho­je, seu Ben­to Ho­nó­rio vi­ve pa­ra cui­dar da igre­ja fei­ta em ho­me­na­gem às Me­ni­nas. Ele tam­bém rea­li­za to­dos os anos no dia 12 de ou­tu­bro (da­ta es­co­lhi­da por ser de­di­ca­da às crian­ças) uma gran­de fes­ta em ho­me­na­gem às me­ni­nas, que atrai ro­mei­ros de vá­rias ci­da­des do RN.

Mui­tos ro­dol­fen­ses veem nas Co­vi­nhas um lu­gar sa­gra­do. No in­te­rior da Ca­pe­la, os ex-votos e per­ten­ces pes­soais são dei­xa­dos por pes­soas que con­se­gui­ram re­ce­ber uma gra­ça. Lá es­tão guar­da­dos per­nas de ma­dei­ras, bra­ços, mãos, ca­be­ças, fo­to­gra­fias e ora­ções de al­gu­mas pes­soas que fi­ca­ram boas de al­gu­ma en­fer­mi­da­de. (Tri­bu­na On-line).

Fonte: Jornal Vale do Apodi

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