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História do Rádio

TEXTO PARA REFLEXÃO
Homenagem ao Dia do Rádio
Por Antônio Paiva Rodrigues em 30/9/2008
No meu ócio, na minha operância, nos meus momentos pungentes, o rádio sempre foi o meu fiel escudeiro. Será psicose essa paixão descomunal pelo rádio? Não sei. No meu tugúrio íntimo, nas minhas horas venturosas, não largo o rádio um só minuto. A psicosfera que o rádio produz reiteradas vezes é um bálsamo para o coração. Se os mais afoitos, violentos, e de corações endurecidos ouvissem rádio, o comportamento seria redimido numa proporção descomunal.
Dia 25 de setembro é comemorado o dia do rádio, mas o rádio não tem dia. Ele preenche e humaniza as nossas ações perniciosas servindo de calmante para os momentos obsessivos de nossas vidas. Fico a indagar: Marconi ou Roberto Landell, Landell ou Marconi quem fez a caixinha falar? Questiúnculas à parte, mas a voz foi transmitida pelo invento de Landell de Moura. Uma fase de encantamento nos tomou de sublimes alegrias, quando do surgimento do rádio a pilha. Crianças hiatizando momentos de espanto e alegria perguntavam: de onde vem o som se o rádio não tem fio? O ser humano, para viver, necessita de sua bateria portentosa, que é o coração.
E para matar a curiosidade da pivetada, tivemos que explicar o funcionamento do rádio portátil comparando-o ao corpo humano. Como toda criança ter um ar de curiosidade indagava: essas pilhas são para sempre? Não. O uso contínuo do rádio irá descarregá-la. E aí, indagou outra criança. Trocamos as pilhas e ele voltará a funcionar com a mesma potência dantes. Uma voz ao fundo dizia, que coisa maravilhosa, o homem é mesmo genial.
O centenário da independência
Existe uma frase que faceia Landell e Marconi: "Na história das ciências das descobertas e dos inventos, há sempre alguém glorificado pelas benesses da fama e outro relegado à sombra do esquecimento." O rádio, surgido no início do século 20, teve seu desenvolvimento por ocasião da primeira Guerra Mundial, de 1914 a 18, servindo para comunicados e orientações na movimentação do exército ao longo das extensas e cruéis trincheiras que serpeavam do Mar do Norte ao Cáspio, dos Pirineus aos Cárpatos. De histórias já estamos engalanados, mas ditoso seria um ato excelso para aqueles que fizeram a história no rádio e se tornaram famosos. O profissional do rádio chama-se radialista e ele pode transmitir boas ou más notícias, pois esta é a função do profissional do rádio. O rádio, como citamos anteriormente, está presente 24 horas por dia na vida de qualquer pessoa, em qualquer país do mundo e de qualquer procedência.
Experiências sem conta foram realizadas na divulgação da cultura e na sua incorporação pelas pessoas, pelas comunidades. A cultura define-se como ação aperfeiçoadora da pessoa e do grupo social. Inúmeras são as possibilidades de o rádio incentivar e semear a cultura. Literatura, música, transmissões esportivas, eventos de diversas naturezas, acontecimentos alegres e tristes, radionovelas, teatro e muitos outros espetáculos. Você sabia que o primeiro homem a emitir ondas de rádio em nosso planeta foi o padre Roberto Landell de Moura, brasileiro, gaúcho de Porto Alegre? Realizou suas experiências na capital paulista em 1893. Landell de Moura requereu diversas patentes de suas invenções nos Estados Unidos – que permaneceram devidamente engavetadas.
Foi aí que Marconi, Guglielmo Marconi, italiano, contando com toda publicidade possível, assombrou o mundo em 1900, ligando por radiocomando as luzes da Torre Eiffel, em Paris, desde Roma. Em 1909, o paranaense Lyvio Gomes Moreira, então diretor de Telégrafos em Curitiba, foi o primeiro radioamador brasileiro a colocar no ar sua estação de rádio de fabricação caseira e a manter contato com radioamadores dos Estados Unidos, da Alemanha e outros países. Minha paixão, como a de muitos, como Edgard Roquete Pinto, em 1923, fez o Rio de Janeiro tremular por ocasião das solenidades do centenário da independência do Brasil na gestão do presidente Epitácio Pessoa.
Rádio Clube, a pioneira .

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